domingo, 8 de julho de 2012

Voluntariado no Brasil

Estou neste momento a participar num programa de voluntariado em São Luís, no Brasil, e vou relatando algumas coisas no seguinte blogue: http://bumbasaoluis.blogspot.com.br/
Apareçam por lá.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

A geração de 80 a desistir de Portugal

Costuma-se admitir que todos nós podemos errar por vezes, e que isso não deverá ser encarado como negativo, apenas deveremos aprender com os nossos erros. O Primeiro-Ministro Passos Coelho já foi infeliz em muitas declarações, mas continua a sê-lo, ou seja, não aprende com os erros. Dizer que o desemprego é uma oportunidade revela uma insensibilidade social gritante, de uma pessoa que só chegou ao lugar onde chegou porque o panorama estava mesmo negro.
A situação a que chegamos após um governo delirante do engenheiro Sócrates era insustentável, e foi difícil voltar a pôr o país nos eixos, com muito lóbi alimentado então. Contudo nada justifica este constante descrer no país, estes sucessivos ataques aos jovens e demais desempregados.
A linha ideológica que tolda o pensamento do nosso Primeiro-Ministro é que está a fazer os seus estragos. Não precisamos de alguém que siga as matrizes de pensamento já fixadas, e que por algo muito dúbias de verdadeiro sucesso prático. Precisamos de alguém que esteja à frente deste país, e que escolha as políticas certas aparte de ideologias. Alguém que pense por si mesmo, e que não olhe a meios para atingir fins positivos.
É que este completo desmotivar de toda uma geração de jovens, está a levar-nos a que, de facto, emigremos como indica o Primeiro-Ministro. Nas redes sociais todos os dias se vêem relatos de jovens  a emigrar e a demonstrar a alegria pelo feito. Mas quando antigamente se emigrava e deixava um carinho fraterno pelo país, de momento, quem emigra tão cedo não quer voltar cá. Foram períodos de angústia que certamente não querem reviver.
A geração que de facto apresentava condições para Mudar Portugal está a seguir para outros voos. Quem irá segurar este país? Eis uma pergunta a que não se encontra resposta.

sábado, 19 de maio de 2012

O dia em que não fui aos Coldplay

Do recato do meu lar, e numa iniciativa empreendedora, concorro a uma oportunidade de trabalho numa equipa que iria fazer negócio no concerto dos Coldplay, no Estádio do Dragão.
Recebo dias passados uma proposta de voluntariado, à qual num anseio de felicidade respondo afirmativamente que sim (a redundância evidencia a alegria premente).
No dia anterior ao afamado evento porque sim, ainda seriam 2 dias de trabalho intenso circundo o Estádio do Dragão e não encontro a barraca designada. Pergunto a um individuo, que aparentava ser da organização, e ele indica-me a terra prometida, onde possivelmente se encontraria a equipa.
Dirijo-me então para o local e reparo num grupo de voluntários bem entrosado e em amena cavaqueira. Não fiz caso, pensei que fossem já conhecidos, e avancei na minha investida. Qual não é o meu espanto quando a pessoa responsável pela equipa me informa que não recebeu a minha resposta ao e-mail. Aí caiu-me tudo. Criada toda uma emoção à volta daquele evento, vejo um mundo de oportunidade desabar a meus pés por uma falha tecnológica. Decidi mostrar-lhe a minha resposta ao e-mail, através do telemóvel, mas já não havia nada a fazer: tudo remou para que tal não acontecesse, que o concerto dos Coldplay fosse só miragem. E assim foi, o grupo de voluntários estava formado e não haveria hipótese de credenciar mais uma pessoa.
Escusado será dizer que as horas que se seguiram ao concerto foram tortuosas, com vídeos e relatos cheios de felicidade pós-concerto a aparecer em catadupa. Mas há coisas que estão destinadas a não acontecer. E esta foi uma delas.

quinta-feira, 5 de abril de 2012

A falácia dos números do desemprego jovem

Tenho prestado bastante atenção aos números do desemprego jovem, pois também me encontro na mesma situação, e é um facto de que se trata de uma calamidade na nossa actual sociedade. Foi ainda com maior surpresa que reparei que no Eurostat consideram por jovem pessoas com menos de 25 anos. Numa altura em que a massificação do ensino superior vigora, é de estranhar não estenderem esta idade.
Porque se uma pessoa acaba o seu curso com 23/24 anos (a correr bem), ainda tem mais 2 anos pela frente como recém-licenciado e jovem empregado. Mesmo quem faz o curso nos anos certos, já pode não ser considerado como desempregado jovem, mesmo tratando-se ainda de um recém-licenciado.
Portanto, os 35,4% anunciados nas estatísticas de Fevereiro em Portugal não representam com total veracidade o desemprego jovem. Este valor está bem mais inflacionado na realidade.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Em 2020

"Elderly people should be encouraged to go back to work and move into smaller homes, one of David Cameron’s key advisers said last night."

No futuro vai ter de se subsidiar a estadia do jovens em casa, enquanto os mais velhos ficam a trabalhar até tarde para conseguir o seu sustento. Subsídio de sobrevivência juvenil.

O cinema é isto

'O artista' é a prova viva de que um filme para ser bom não precisa de um orçamento exorbitante. É possível no século XXI fazer grandes filmes a um baixo orçamento.
Em boa verdade o cinema tem estado em constante mutação, fugindo da sua própria essência: actores a representar em frente a uma câmara. A indústria cinematográfica vende menos, e cada vez se investe mais. É um contrassenso. E depois é criado todo um aparato na indústria do cinema, com 3D e bilhetes a um preço ridículo, e futuramente o 4D, com o cheiro a compor o ramalhete (mais um aumento?). Tudo isto apenas serve para encobrir alguma da falta de qualidade de muitas obras na actualidade.
É preciso voltar a acreditar na magia do cinema, e levar os patrocinadores a apoiar. O sucesso deste filme poderá traduzir-se num bom argumento para o futuro da indústria. Assim se espera que seja.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

O cartão da mudança

Por vezes aparecem pequenos feitos, que, não tendo uma grande importância à partida, escondem entre si o condão da bonança. Trata-se do Cartão Quadrilátero Cultural, que "vai ter uma anuidade de 25 euros e os seus utilizadores usufruem de um desconto de 50 por cento nos espectáculos da Casa das Artes de Famalicão, Theatro Circo de Braga, Centro Cultural Vila Flor de Guimarães e Teatro Gil Vicente que abrirá em Barcelos."
Dada a proximidade dos municípios, é complicado fazer uma gestão cuidada do cartaz cultural das 4 cidades na sua individualidade, o mercado irá por certo fazer cair uma ou outra casa. É o caso de Famalicão, que não soube acompanhar o ritmo imposto de por exemplo o CCVF, resultando num cartaz pobre e sem estofo, que vem sendo apresentado há cerca de um ano para cá.
Este cartão visa impôr uma dinâmica cultural no Minho. Alicerçados na CEC de Guimarães e CEJ de Braga, os municípios unem-se pela causa cultural, que vem sofrendo um arrombo com as medidas de austeridade e o progressivo desinvestimento. A tarefa agora é divulgar, e bem, este cartão. E que as pessoas tomem o gosto pela Cultura.

A metáfora dos 8 milhões

"A Câmara de Braga vai abandonar o projecto de construção de uma piscina olímpica na cidade. A obra já custou oito milhões de euros, mas os responsáveis admitem que não há condições para a concluir"

Terminada a saga dos estádios, esta era ainda outra obra faraónica que faltava. Depois de 8 milhões gastos na piscina Olímpica de Braga, a autarquia decide abandonar o projecto por falta de financiamento dos 12 milhões de euros em falta. Vitor Sousa, vice-presidente da Câmara de Braga, referiu que "Não é disso que Braga precisa. Mas mais vale assumirmos o erro do que continuar a enveredar por ele". Um erro de 8 milhões. Dá para dois cafés, se tanto.
A pergunta que se coloca é: não vai haver uma responsabilidade sobre este caso?

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Do absurdo


Este é o ano do Minho. Primeiro porque Guimarães é Capital Europeia da Cultura. E depois porque Braga é Capital Europeia da Juventude.
Também neste ano vai haver alguns fundos europeus para investir em cultura, e em Braga não vão fazer a coisa por menos: dos 2,3 milhões de euros conseguidos no âmbito do QREN, eles estão em negociações com a MTV para a obtenção de mais 1,5 milhões de euros e, desta forma, garantir a gratuitidade de 2 concertos de bandas internacionais, entre as quais os Pearl Jam.
Mas anda tudo louco? Os Pearl Jam não esgotariam qualquer recinto a pagar e a bom preço? Andamos todos a brincar à cultura? E que tal aproveitar esse fundo para investir em cultura a sério? Aqui se nota o nosso provincianismo bacoco.