terça-feira, 24 de maio de 2011

Melhor concerto de sempre.

O que se passou na noite passada, nem a astrologia teria explicação. Já desde a sua primeira aparição que os venho acompanhando, e, a forma como estes indivíduos têm crescido é a prova viva que existe um elevador musical, onde quem trabalha tem probabilidade de vir a ser bem sucedido, claro está que conjugado com outros factores.
Já no concerto do Super Bock Super Rock do ano passado, deram uma boa amostra de que o melhor ainda estava para vir, e o esgotar com 2 meses de antecedência o Coliseu do Porto é exemplo disso. A romaria que se fez sentir ontem a este concerto só poderá ser comparável a uns U2. É, de facto, impressionante.
Ainda que com um elemento a menos, um músico virtuoso que deu nas vistas em Lisboa o ano passado, Matt e seus companheiros fizeram acender a chama aos saudosistas dos Joy Division, num concerto com uma intensidade inabalável, e um público ao rubro de início a fim (incluir ficar de pé também de inicio a fim).
É das poucas bandas rock melódico em que fica bem gritar, por exemplo Mr. November ou Abel. A entrega foi de tal modo que Matt percorreu toda a sala do Coliseu do Porto com o seu microfone, com este a não poder esticar mais o seu fio (chegou mesmo a entrar na bancada do topo). Devia ser proibido arrepiar a espinha e a pele como estes fizeram. Quem esteve presente poderá testemunhar tal situação.
Podem não ser actualmente a melhor banda do mundo, isso será uma questão para um estudo aprofundado, mas o que é certo é que este último álbum cresceu de uma maneira que não era previsível na altura e que me levou a enganar sobre eles. Os outros álbuns ganham uma outra dimensão ao vivo, que não existe no álbum (são álbuns sem chama), mas High Violet é de truz. Eles estão a trabalhar bem, quem sabe se a trilhar caminho rumo à melhor banda do mundo. Até lá resta-nos desfrutar deste momento, tão raro que é nos nossos dias.

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